sexta-feira, 30 de julho de 2010

Festival dos Oceanos

APRESENTAÇÃO DO FESTIVAL
O Festival dos Oceanos está de regresso a Lisboa, entre 31 de Julho e 14 de Agosto, com uma edição dedicada à comemoração do Centenário da República Portuguesa, que inclui diversos eventos, para animar o Eixo Ribeirinho da Capital.


Espectáculos inéditos, surpreendentes e apelativos, Concertos, Noites de Fado, Museus abertos à noite, Exposições, animação de rua, actividades interactivas e pirotecnia, são algumas das surpresas, de acesso gratuito e dirigidas a públicos de todas as idades. 
O Continente apresenta a sétima edição do Festival dos Oceanos, Organizado pela Associação de Turismo de Lisboa, uma Produção da Realizar que conta, ainda, com o apoio do Turismo de Portugal, da Câmara Municipal de Lisboa, da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, do Casino Lisboa e do Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações. A Rádio Comercial é a rádio oficial do evento.



A não perder...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Semana Europeia da Prevenção de Resíduos

O país continua a ficar aquém das metas da reciclagem o que quer dizer que muitos, mas mesmo muitos, ainda não fazem uma separação selectiva dos resíduos. Tal continua a ser uma preocupação e um desafio, mas acima de tudo uma urgência. Com efeito, urge que cada um de nós continue a fazer o que está ao seu alcance: separe os resíduos que produz em sua casa ou no trabalho.
Todos sabemos que em muitos locais de trabalho é  difícil fazer a separação, mas não é impossível, com boa vontade faremos a diferença!
Enquanto cidadãos, este é um assunto que ainda precisamos aperfeiçoar. Contudo, o grande desafio da humanidade é a REDUÇÃO de Resíduos.
Precisamos de mudar os nossos hábitos. O Planeta não consegue eliminar todos os resíduos que produzimos, é como estarmos sempre a comer sem darmos tempo para fazer a digestão; a determinada altura o nosso organismo adoece.
Devemos consumir alimentos a granel em vez dos embalados, comprar embalagens familiares, procurar produtos que usem menos embalagens. Enfim, reduzir a quantidade de resíduos.
A situação é de tal forma urgente que foi criada a Semana Europeia de Prevenção de Resíduos como forma de sensibilizar e alertar as sociedades em geral e os cidadãos em particular para este problema.
A Lipor enquanto entidade Gestora de Resíduos desenvolve um louvável programa de Educação ambiental. Consulte a página e poderá encontrar muitos materiais e ideias sugestivas para separar, reciclar, reduzir...
A título de exemplo deixo o link para este Guia Prático dos Resíduos Domésticos Especiais
Com o esforço e responsabilidade de todos manteremos o planeta mais limpo, com mais espaço para a Biodiversidade!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Relatório de Sustentabilidade da EPAL


A Organização das Nações Unidas declarou 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade, com o tema “A biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida.” A Biodiversidade é a variabilidade entre todos os organismos vivos de todas as origens e de qualquer natureza. A salvaguarda da Biodiversidade pressupõe a preservação dos habitats e das condições de vida de cada espécie.
Consciencializar e valorizar a necessidade de salvaguarda da variedade de genes, espécies e ecossistemas será um paradigma de desenvolvimento que a todos enriquecerá. A preservação da Biodiversidade é uma preocupação planetária que necessita de acção à escala local.
A escolha da Biodiversidade como tema deste relatório pretende constituir uma acção de divulgação e sensibilização para a riqueza, especificidade e valor da Vida numa das áreas geográficas de que a EPAL depende para poder prestar o serviço público de abastecimento de água – Bacia Hidrográfica do Rio Tejo.
Consulte o Relatório de Sustentabilidade 2009 da EPAL

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A conservação da diversidade biológica II

(Continuação)...
Desde a sua existência, o Homem tem sido um devastador do meio natural, atitude essa que o responsabiliza pela actual taxa de extinção de espécies e da rápida destruição do ambiente. (…) Nos últimos 50 anos, o Homem modificou os ecossistemas mais rápida e extensivamente que em qualquer intervalo de tempo equivalente na história da humanidade, em geral para suprir rapidamente a procura crescente por alimentos água pura, madeira, fibras e combustível” (AM, 2005: 17)·
Especialistas afirmam que o problema da excessiva degradação da biodiversidade, ao longo do tempo, tem origem na errada percepção dos decisores de políticas económicas sobre a real importância dos valores associados à biodiversidade e à conservação dos ecossistemas (Miguel, J : 2008). Neste sentido, Myers refere algumas das razões existentes para manter uma alta biodiversidade:
·                   Permitir a continuação dos processos evolutivos
·                   Salvaguardar o papel que os ecossistemas desempenham na regulação do equilíbrio da biosfera, particularmente na manutenção das estabilidades climáticas local, regional, e mesmo global
·                   Salvaguardar os recursos aquíferos – evitando as inundações e a erosão do solo, e mantendo as reservas
·                   Garantir a existência de organismos que possam ser objecto de investigação;
·                   Garantir a existência de ecossistemas que possam servir de exemplos de estudo;
·                   Assegurar o fornecimento de materiais com utilização, por exemplo, na construção e na alimentação;
·                   Conservar bancos de genes para utilização futura pelo homem
·                   Garantir a existência de áreas selvagens para fins de educação e de recreio
·                   Proporcionar lucros gerados pelo turismo
Fonte: Adaptado de Myers, 1981:141-54
Independentemente do pressuposto que está por trás de cada razão (utilitário, filosófico, ou outro) a perda de biodiversidade que se regista actualmente é bastante acelerada, desaparecendo, cerca de 27 000 espécies por ano (Wilson: 1992).
A Conservation International (CI) fundada em 1987 é uma importante entidade, de entre muitas outras, que se tem esforçado para preservar áreas onde a biodiversidade está ameaçada. Como missão a CI pretende “conservar a biodiversidade do planeta e demonstrar que as sociedades humanas podem viver em harmonia com a natureza”
Numa tentativa de enfrentar este grande desafio a Conservation International desenvolveu um modelo a que denominou “estratégia dos Hotspots[1]”. Seleccionou 25 pontos correspondentes às 25 regiões mais ricas e ameaçadas do mundo e lançou uma campanha mundial para proteger estes Hotspots, segundo os responsáveis esta atitude permite-lhes contribuir para salvar mais de 60% de toda a diversidade da vida da Terra.
Segundo, Myers, tendo em conta que os conservacionistas estão longe de poder salvar todas as espécies ameaçadas, até porque economicamente tal era incomportável, a escolha destes 25 pontos críticos tem patente que a biodiversidade não está igualmente distribuída pelo planeta, sendo que cerca de 60% de todas as espécies de plantas e animais estão concentradas em apenas 1,4% da superfície terrestre.
Essa abordagem dá prioridade às acções nas áreas mais ricas - como os Andes Tropicais, Madagáscar, Indonésia, entre outros - protegendo espécies em extinção e mantendo o amplo espectro de vida no planeta Os critérios mais importantes na definição de Hotspots é a existência de espécies endémicas e o grau de ameaça ao ecossistema, sendo consideradas como Hotspots, as bioregiões onde 75% ou mais da vegetação original tenha sido destruída. Muitas áreas mantém apenas 3 a 8% do que existia inicialmente, como a Mata Atlântica, que hoje guarda entre 7 a 8% de sua extensão original (Myers, 2000).
De acordo com o MA, cerca de dois terços dos serviços ecossistémicos à escala global encontram-se em declínio, incluindo o abastecimento de água doce, a produção de pesca marinha, o número e a qualidade de locais de valor espiritual e religioso, a capacidade da atmosfera se auto-purificar, eliminando poluentes, a regulação de desastres naturais, a polinização, e a capacidade dos ecossistemas agrícolas de controlar pragas.
O mesmo estudo evidenciou que os ecossistemas da Europa, comparativamente com os ecossistemas dos restantes continentes, registam uma maior fragmentação, ou seja, aqueles em que a redução da biodiversidade induzida pelas actividades humanas foi mais grave, afectando numerosas espécies e diferentes tipos de habitats, como é o caso das zonas húmidas costeiras.
Os especialistas do MA afirmam, ainda, que o planeta perdeu a maior parte das zonas húmidas e terras agrícolas de elevado valor natural, e que muitos dos ecossistemas marinhos e costeiros encontram-se degradados, compreendendo reduções significativas de populações e mesmo extinções.
Em Portugal, mais de 19% dos anfíbios, 26% dos mamíferos, 32% dois répteis e 38% das aves encontram-se, actualmente, ameaçados de extinção.
Segundo as pesquisas levadas a cabo por cientistas da UNEP desaparecem, por dia, entre 50 a 100 espécies. Previsões dramáticas apontam que até meados deste século desaparecerão 2 milhões de espécies de animais e 60.000 espécies vegetais (ALLÉGRE, 1996).
Os programas de trabalho da Convenção sobre Biodiversidade reconhecem cinco ameaças principais responsáveis pelo declínio da biodiversidade: espécies exóticas invasoras, mudanças climáticas, carga de nutrientes e poluição, modificação de habitats e sobre-exploração.
Se a nível global a ameaça sobre a biodiversidade é intensa, nas áreas costeiras esta encontra-se fortemente fragilizada. Intrinsecamente ligada às elevadas densidades populacionais, concentram-se as actividades económicas, infra-estruturas de transporte, estando ainda sujeitas a grandes pressões turísticas, “No que respeita aos ecossistemas costeiros e marinhos, não existem dúvidas da magnitude dos impactos da acção humana no litoral, já que estas são as áreas com maior densidade populacional, albergando cerca de 80% da população mundial em apenas 500 000 km de comprimento” (Andrade, 1997).
Segundo Gonçalves, os sinais de alarme, indicadores de que temos um grave problema entre mãos são variadíssimos: a diminuição da abundância de muitas espécies com interesse comercial (ex, bacalhau, espadarte, atuns etc.); o aumento dos fenómenos de poluição costeira; eutrofização; a erosão costeira acelerada provocada essencialmente pela retenção de sedimentos nas barragens, pela construção de pontões, esporões e outras obras no litoral, e pelo aumento do nível do mar; as alterações irreversíveis de muitos ecossistemas costeiros devido à sua devastação por artes de pesca destrutivas; as alterações faunísticas induzidas pelas alterações climáticas etc. (Gonçalves, 2006).
Embora os dados do Millenium Ecosystem Assessment pareçam subestimar um pouco o impacto das alterações climáticas na perda de biodiversidade comparativamente com as restantes, no caso dos ecossistemas costeiros o impacto das alterações climáticas é considerável; por exemplo na Europa vários estudos afirmam que a subida do nível do mar originará uma migração das praias para o interior e perder-se-ão até 20% das zonas húmidas costeiras, bem como muitos habitats de espécies que se reproduzem em zonas costeiras baixas (National Geographic, 2008).
Segundo o relatório português do Millennium Assessment, no nosso país, à semelhança do que se regista a nível global, a biodiversidade dos ecossistemas costeiros e marinhos, apresentam um cenário regular ou pobre e muito embora ambos seguirem a tendência de evolução de deterioração, os ecossistemas costeiros registam uma situação mais crítica. Na sua origem encontram-se as mesmas causas que fragilizam os ecossistemas à escala global.
Crê-se que todos os esforços conjuntos poderão minimizar e, quiçá, travar a grande perda de biodiversidade, pondo em prática os pressupostos do desenvolvimento sustentável: usufruir, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazer as suas próprias necessidades.
Este é claramente um dos grandes desafios e paradigmas do século XXI. Que cada um de nós faça a sua parte!
[1] O conceito dos Hotspots foi criado em 1988 por Norman Myers que estabeleceu 10 áreas críticas para a conservação em todo o mundo. Esta estratégia foi adoptada pela Conservation International para estabelecer prioridades nos seus programas de conservação, assim como pela John D. & Catherine T MacArthur Foundation. Em 1996, um novo estudo liderado pelo Dr. Russell A. Mittermeier, presidente da Conservation International, aperfeiçoou a teoria inicial de Myers, identificando 17 Hotspots. Estudos mais recentes, conduzidos com a contribuição de mais de100 especialistas, ampliaram e actualizaram esta abordagem. Após quatro anos de análises, o grupo de cientistas estabeleceu os 25 Hotspots actuais. In http://www.biodiversityhotspots.org
In: Um Olhar sobre a Biodiversidade
Autora: Lurdes Soares

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A conservação da diversidade biológica I





Foto APA
Actualmente a biodiversidade é um tema muito debatido – consequência da consciência colectiva da velocidade a que se perdem espécies e da urgente necessidade de tomar medidas com vista à sua conservação – contudo, esta é uma questão que há muito vem a ser alertada pela comunidade internacional e debatida nas conferências sobre ambiente e sustentabilidade.A conservação da diversidade biológica e a utilização sustentável dos seus componentes não é um tema novo nas agendas diplomáticas. Esta relação foi realçada pela primeira vez em Junho de 1972 durante a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente Humano, em Estocolmo, e a primeira sessão do Conselho Governamental para o novo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (1973) identificou a "conservação da natureza, da vida selvagem e dos recursos genéticos" como uma área prioritária. O aumento da preocupação da comunidade internacional em relação à perda crescente e sem precedentes da diversidade biológica levou à criação de um instrumento vinculativo legal, com o objectivo de inverter esta situação alarmante. As negociações foram fortemente influenciadas pelo crescente reconhecimento, por parte de todos os países, da necessidade de uma partilha justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos. De todo este processo resultou a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB).[1]

A CDB[2] foi assinada em 1992 na Convenção do Rio por 175 países e ratificada por 168. No Artigo 2º pode ler-se: "Diversidade biológica significa a variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, incluindo, inter alia, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte; compreende a diversidade dentro de cada espécie, entre as espécies e dos ecossistemas” (Artigo 2.º do DL nº 2/1992, de 5 de Junho).
Desde então, o valor dado à biodiversidade foi adquirindo ênfase, não só no seio da comunidade científica e política mas também junto da população em geral, fruto de uma maior divulgação desta temática e de uma tomada de consciência que a perda de biodiversidade era um facto. O aumento do conhecimento destas matérias por parte da população em geral é um passo fundamental para uma maior participação pública, intervindo activamente na resolução dos problemas.
Com a CDB a conservação da diversidade biológica torna-se mais abrangente, aliando a necessidade de protecção com o desenvolvimento e a responsabilidade partilhada; suspendendo o seu carácter meramente de preocupação com a protecção das espécies e ecossistemas. “Reconhece-se assim que a conservação da diversidade biológica é uma preocupação comum da Humanidade e parte integrante do processo do desenvolvimento económico e social[3]
Muito embora o conceito de diversidade biológica seja usado para descrever o número e a variedade dos organismos de uma forma geral, podemos entendê-lo como a “história biológica da terra”, resultante de mais de 3000 milhões de anos de evolução.
Conquanto o número de espécies actualmente existente no nosso planeta seja desconhecido, cientistas identificaram até á data cerca de 1,7 milhões, sendo que o máximo é apontando para 100 milhões de espécies. Proporcionalmente é como se o universo biológico fosse “desconhecido”.
In, "Coastwatch: Um olhar sobre a Biodiversidade", Lurdes Soares
Continua.

[2] Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) – É constituída por 42 artigos que estabelecem um programa para reconciliar o desenvolvimento económico com a necessidade de preservar todos os aspectos da diversidade biológica. Defende três objectivos fundamentais: a conservação da diversidade biológica; utilização das componentes da biodiversidade; e partilha justa e equitativa dos benefícios que advêm da utilização dos recursos genéticos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Biodiversidade no Ártico

arctic food webs
An international program examining the diversity of marine life in the Arctic, from the sea ice to the deep seafloor.
Arctic Ocean Biodiversity (PDF) is a Census of Marine Lifeproject aimed at coordinating research efforts examining the diversity in each of the major three realms: sea icewater column and sea floor, including fishmammals & birds. This program will consolidate what is known and fill remaining gaps in our knowledge: it is lead for the Arctic Ocean diversity clusterwithin the International Polar Year.
The Arctic Ocean is unique. It is the most extreme ocean in regard to the seasonality of light and its year-round existing ice cover. Arctic seas hold a multitude of unique life forms highly adapted in their life history, ecology and physiology to the extreme and seasonal conditions of this environment. Knowledge of what lives in the Arctic Ocean is limited due to the logistical challenges imposed by its multiyear ice and inhospitable climate.
The Arctic Ocean is the region where the impacts of climate change are strongest expressed. On-going climate warming and reduction in sea ice makes the effort to identify the diversity of its life an urgent issue. Species level information is essential to discussions on climate change or human impact. These effects can only be detected through long-term monitoring of key species, communities and processes. The availability of solid baseline data is crucial.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Diversidade biológica


Foto: APA
O conceito de diversidade biológica – ou biodiversidade – é, ao mesmo tempo, difícil de definir e extraordinariamente vasto e abrangente, englobando toda a variedade de formas que a vida assume, em todos os seus níveis de complexidade, desde o gene até aos ecossistemas (no limite, à biosfera).

Por onde começar então?
Na zona intertidal de uma praia rochosa observa-se facilmente uma grande variedade de animais, entre crustáceos (camarões, caranguejos, cracas, percebes), moluscos (mexilhões e outros bivalves, vários búzios, polvos, chocos), minhocas de diferentes tamanhos e cores, esponjas, cnidários (anémonas e penas-do-mar), equinodermes (estrelas-, ouriços- e pepinos-do-mar), para referir apenas os mais evidentes. Também as praias sedimentares (de areia e vasa), que podem, à primeira vista, parecer desertos onde salta uma ocasional pulga-do-mar, albergam dezenas a centenas de espécies de animais no seio do sedimento. Depois, há as plantas: algas verdes, vermelhas e castanhas, de muitas formas e tamanhos, uma enorme variedade de plantas que florescem nos sapais e dunas, sem esquecer as ervas-marinhas, plantas com flor que vivem na água salgada. Também os líquenes estão presentes, com formas mais discretas, que fazem pensar em rocha suja, ou mais exuberantes, formando pequenos tufos de cores variadas.
No cômputo da biodiversidade no litoral, há ainda que incluir todos os peixes, aves e os ocasionais mamíferos que visitam a praia e, para concluir o inventário, não se podem deixar de fora incontáveis espécies de fungos, bactérias e vírus que povoam estes ambientes e/ou os organismos que deles fazem o seu lar. Falámos só de espécies e já o número é, pelo menos, da ordem dos milhares. Considerando que cada espécie é ainda a súmula da variabilidade de todos os seus genes, nas suas infinitas combinações, que permitem aos indivíduos adaptarem-se, melhor ou pior, aos ambientes que ocupam, o número de diferentes formas vivas numa dada área – a sua biodiversidade total – aumenta, provavelmente, de várias ordens de grandeza. Deve-se ainda ter em conta a unicidade de cada ambiente, de cada praia, de cada zona costeira. Por muito semelhantes que pareçam à primeira vista, em cada local há uma combinação única de condições ambientais e de organismos, o que faz com que não haja, verdadeiramente, duas comunidades iguais.
Na “zona terrestre contígua” encontramos, para além de tudo o mais, um mamífero hominídeo altamente modificador do seu ambiente. Mesmo nesta era da globalização e da normalização, ainda assim conseguimos encontrar especificidades locais, antropológicas e sociais, que constituem a identidade particular de cada comunidade humana costeira, mesmo nas mais descaracterizadas. E, porque somos parte integrante da comunidade costeira, a diversidade de hábitos, práticas e vivências humanas na e com a costa é também mais um aspecto da biodiversidade litoral.
Porém, tanto o litoral como a biodiversidade estão, em muitos casos e cada vez mais, em erosão. Se da erosão litoral se fala já amiúde (sem por isso se encontrarem, em demasiados casos, respostas viáveis e sustentáveis para os problemas), já a erosão da biodiversidade é frequentemente esquecida. No entanto, também a biodiversidade litoral se encontra em erosão, ameaçada, entre outros aspectos, pela introdução de espécies exóticas que se sobrepõem às autóctones ou pela artificialização de longos troços da costa, mas também, no que diz respeito à componente humana, pela desvalorização e perda de conhecimentos e práticas ancestrais de utilização e ocupação sustentada do litoral – da cultura costeira.
Ao longo desta campanha e enquanto monitorizávamos o litoral vimos, tal como em anos anteriores, que continua pejado de todo o tipo de resíduos, que se continua teimosamente a tentar estabilizá-lo, apesar de sabermos como é inerente e necessariamente dinâmico, e que continuamos paulatinamente a depauperá-lo.
O que aprendemos então de novo ao longo desta campanha? Claro que a resposta será diferente para cada um dos participantes de nós mas, ao lançarmos um novo e mais profundo olhar sobre a biodiversidade, certamente que cada um de nós passou a conhecer melhor aquilo que torna única a praia, ria ou poça, em suma, aquele pedaço da costa de que tanto gostamos e a que chamamos “nosso”. Dessa forma, tornámo-nos cidadãos costeiros mais informados e, quem sabe, mais pró-activos na defesa do nosso litoral.

Maria Adelaide Ferreira é bolseira no Laboratório Marítimo da Guia

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Guia de Campo Biodiversidade: Dia B


Prefácio do Guia de Campo: Dia B
UM OLHAR SOBRE A BIODIVERSIDADE
Saia para a rua, olhe, registe e partilhe.O reconhecimento público de que o bem ‑estar humano depende da forma como gerimos os ecossistemas que nos rodeiam representa o principal desafio do programa Bioeventos 2010 (http://bioeventos2010.ul.pt).
O bom funcionamento dos ecossistemas e os serviços que estes nos prestam dependem da gestão da biodiversidade que os compõem. Mas a biodiversidade está a perder ‑se de forma acelerada e irreversível.
Decorrente de uma parceria entre o Centro de Biologia Ambiental e o Museu Nacional de História Natural, os Bioeventos 2010 assumem o papel estratégico da Universidade de Lisboa na investigação e divulgação da Biodiversidade em Portugal e inserem ‑se nas comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade.
Se, por um lado, são as acções humanas que estão a diminuir a capacidade de resposta de muitos ecossistemas à crescente procura dos seus serviços, o reverter desta situação apenas será possível através de uma estratégia abrangente e de um esforço social colectivo por parte de investigadores, professores e técnicos (promotores do conhecimento), decisores (responsáveis pela implementação de políticas e mecanismos apropriados), media (veículos privilegiados para a chamada de atenção e divulgação) e da sociedade civil (principais beneficiários e um dos instrumentos possíveis de monitorização do estado da biodiversidade).
A participação da sociedade civil em questões de foro ambiental em Portugal ainda se encontra longe da consolidação desejável. Ao contrário do que sucede em muitos outros países desenvolvidos, o envolvimento público em matéria de monitorização não é prática corrente no nosso país e a sua importância, por exemplo, na avaliação de tendências populacionais de espécies tem sido negligenciada.
Inverter esta situação é o desafio que colocamos nas vossas mãos: procuramos aqui fornecer informação e um instrumento de trabalho que possibilite a participação de todos na monitorização da abundância e da diversidade de espécies em território nacional.
A biodiversidade todos os dias atravessa as portas de nossa casa, por exemplo, através dos alimentos que consumimos ou dos organismos que inesperadamente entram devido aos nossos hábitos e práticas. Além disso, basta olhar através de uma janela para nos sentirmos atraídos por uma flor colorida, um insecto estranho que nela pousa ou uma ave que, em voo picado, tenta apanhar esse insecto. E quanto mais olhamos para a Natureza, maior é a vontade de conhecer esse mundo que nos rodeia e compreender as razões que por vezes levam ao desaparecimento da biodiversidade que constitui o nosso quotidiano.
E porque não dar mais um passo? Para tal basta criar o hábito de olhar em volta, registar o que se observa e comunicar essa observação. Observações continuadas no espaço e no tempo são a informação base das actividades de monitorização e são o instrumento necessário para prever alterações no estado da biodiversidade e os seus efeitos. Esta monitorização é particularmente relevante quando se trata de espécies vulneráveis e reconhecidamente ameaçadas. Assim, o que lhe propomos é que saia para a rua (seja o seu jardim, um parque na cidade, uma zona florestal, um campo agrícola, uma praia, ou uma área protegida), olhe à sua volta, procure um animal ou uma planta, fotografe e tente identificar a espécie através das descrições e fotografias que fornecemos neste guia de campo.
A diversidade de espécies existente no nosso país é de tal forma elevada que não é possível incluir todas neste primeiro guia. No entanto, e enquanto não são disponibilizados guias temáticos mais completos, seleccionámos um conjunto vasto de espécies comuns, e como tal de fácil observação, para tornar o desafio mais apelativo e criar uma dinâmica de participação que, esperamos, seja consolidada na nossa sociedade.
Para atingir em pleno os objectivos aqui propostos, é ainda preciso que os registos das observações sejam comunicados e armazenados. Assim, foi criada uma base de dados online sobre a biodiversidade nacional (http//:www.biodiversity4all.com) onde pode submeter os registos das suas observações.
Uma vez validados por especialistas, estes registos poderão ser visualizados não apenas por si mas por todos os que acedam ao site.
Não espere mais! Saia para a rua, sozinho, com amigos ou em família,
e ajude ‑nos a conhecer melhor a nossa biodiversidade.
A sua participação fará a diferença.
Margarida Santos ‑Reis
Pela Comissão Organizadora dos Bioeventos
GuiaCampoDiaB

domingo, 18 de julho de 2010

Biodiversidade marinha em códigos de barras

"A palavra “biodiversidade”, hoje em dia tão na moda, foi “criada” em 1986, tendo sido considerada uma nova área de pesquisa em biologia aquando da realização da Convenção da Diversidade Biológica, em 1992. A biodiversidade deve ser considerada em três diferentes níveis: genes, espécies e ecossistemas, e decorre do actual senso comum que a conservação da biodiversidade é crucial para a manutenção da vida na Terra. Mas, para que a biodiversidade possa ser conservada, é necessário antes que seja conhecida e descrita. Por isso, atualmente existem diversos grupos de pesquisadores, ONG e órgãos governamentais promovendo programas de descrição local ou global da biodiversidade. Considerando-se que existem 1,9 milhões de espécies biológicas descritas, de um total de 11 milhões de espécies biológicas estimadas, este trabalho não deve ser concluído tão cedo. Assim, a necessidade de acelerar este trabalho levou ao desenvolvimento de técnicas taxonômicas de high-throughput (difícil de traduzir; rápidas e de alto desempenho), como as técnicas de taxonomia bioquímica que se fundamentam em análises genômicas.
No que se refere à biodiversidade marinha, esta parece ser bastante reduzida, muito, mas muito menor do que a biodiversidade terrestre. Recentemente um artigo na revista Science levantou esta questão. Estima-se um total de 167.817 espécies válidas, em um universo de 318.004 táxons, de espécies até filos (de acordo com o World Register of Marine Species). Atualmente existem 229.602 espécies marinhas descritas, mas estima-se um total de 10 milhões de espécies para o ambiente marinho.
Como a comunidade científica considera os oceanos um ambiente relativamente homogéneo, no qual o surgimento de novas espécies é extremamente raro, o ambiente marinho foi muito menos estudado ao longo dos anos. Todavia, existem muitas espécies marinhas crípticas (morfologicamente similares, mas geneticamente distintas), as quais são praticamente desconhecidas. Por isso, acredita-se que estudos aprofundados sobre a biodiversidade marinha podem mostrar que esta é tão diversa quanto a terrestre. Embora o número de espécies marinhas seja muito menor do que o das espécies terrestres, a diversidade de grupos taxonômicos é muito maior. Para se ter uma idéia: dos 35 filos de animais marinhos conhecidos, 34 são representados no ambiente marinho, e destes 14 são exclusivamente marinhos. De todas as espécies marinhas (animais, algas e protistas), 98% são bentônicas (vivem no substrato) e apenas 2% são pelágicas (vivem nadando).
A biodiversidade marinha está estreitamente relacionada à história da humanidade e à manutenção das atividades humanas. Fonte de alimento, recursos biotecnológicos e outros recursos (não vivos, como energia das marés, por exemplo), indicadores de “saúde ambiental” e do funcionamento de ecossistemas, os oceanos têm sido explorados de maneira irrestrita, levando ao surgimento de inúmeros problemas como a diminuição dos reservatórios naturais de peixes e de crustáceos, a degradação dos habitats, a poluição crescente, o aquecimento global, invasões biológicas, entre outros. Espera-se que os reservatórios naturais de peixes estejam irreversivelmente comprometidos em 50 anos, a continuar o processo intensivo de pesca em andamento.
Pelo facto de ter sido menos intensamente estudado do que o ambiente terrestre, a descrição da diversidade biológica marinha apresenta discrepâncias significativas entre os diversos levantamentos realizados. Por exemplo, o atual número de mamíferos marinhos conhecidos no Canadá é de 52, quando em 1995 era de apenas 10. Levando-se em conta quão conspícuos são os mamíferos marinhos, quando tal discrepâncias são projetadas para invertebrados, macroalgas e espécies plantônicas e microscópicas percebe-se o grau de desconhecimento científico sobre a biodiversidade marinha como um todo. Avalia-se que perto de um terço das espécies marinhas macroscópicas tenha sido descrita até hoje. E a descrição destas espécies foi feita, quase que de maneira exclusiva, utilizando-se caracteres morfológicos.
O problema de se utilizar tais caracteres é que estes são difíceis de discernir nos diferentes estágios do ciclo de vida de organismos mais primitivos. Assim, o uso de técnicas bioquímicas para o auxílio na descrição das espécies marinhas foi inicialmente realizado com allo-enzimas e, com o advento das técnicas de biologia molecular, em particular da técnica de PCR (polymerase chain reaction, reação de polimerização em cadeia), a taxonomia molecular realizou grandes avanços na descrição de espécies de organismos marinhos. Mais recentemente, a utilização da técnica de código de barras de DNA (DNA barcoding) começou a revolucionar a descrição das espécies biológicas como um todo, e das espécies marinhas em particular.
Na técnica de DNA barcoding, analisa-se o DNA de mitocôndrias (organelas celulares responsáveis pela respiração das células) pelo fato destas apresentarem maior taxa evolucionária, poucos introns, um grande número de cópias em uma única célula e uma baixa porcentagem de recombinação. De acordo com esta metodologia, espécies podem ser identificadas observando-se diferenças no código de barras de 2 a 3%, ou de 20% a 30% para delimitação de espécies. Tal técnica mostrou ser extremamente válida para a classificação de plantas terrestres, algas e fungos. As vantagens em se utilizar DNA barcoding é a padronização das análises, que permite a comparação direta, via rede, de vários estudos sendo realizados simultaneamente no mundo todo, que podem revelar casos de sinonímia taxonômica, espécies potencialmente crípticas e populações geneticamente distintas. O DNA das espécies analisadas pode ser armazenado de maneira confiável, sem grandes custos, associados a vouchers (espécies macroscópicas preservadas em museus). Vários sistemas internacionais de DNA barcoding já foram criados, sendo de referência o DNA Barcode of Life Data Systems (BOLD), que indica um protocolo padrão para a aquisição, armazenamento e análise de dados. Os dados armazenados no BOLD inclui dados de amostragem (coordenadas de GPS), imagens, informações taxonômicas, o código de barras de cada espécie, as seqüências de primers do material genético analisado, e até mesmo as operações de laboratório utilizadas em tais análises. Estes dados se referem às espécies processadas no Biodiversity Institute of Ontario (Canadá). Os dados são de livre acesso. Mas evidentemente que podem ocorrer erros durante a realização de tais análises.
A utilização do DNA barcoding foi inicialmente muito criticada por taxonomistas tradicionais, que manifestaram sua preocupação de que um trabalho cuidadoso de descrição pudesse se tornar automatizado, levando ao total desaparecimento da especialidade, o taxonomista. Porém, tal premissa mostrou ser totalmente inválida. Os próprios pesquisadores que utilizam da técnica de DNA barcoding argumentam que esta técnica apresenta várias limitações, como baixa resolução (capacidade de distinção entre espécies muito próximas), a análise de pseudogenes e a presença de contaminantes amplificados quando da utilização de “primers universais”. A grande vantagem em se utilizar as técnicas de DNA barcoding é que estas estão sendo continuamente aprimoradas, e estão revalorizando o trabalho dos taxonomistas. Em conjunto, o trabalho de pesquisadores que utilizam DNA barcoding e taxonomistas tradicionais deverão conduzir a uma ampliação significativa da descrição da biodiversidade da Terra, permitindo a identificação de espécies em todas as etapas de seus ciclos de vida, utilizando-se tanto material fresco como preservado, e identificando casos de dimorfismo sexual e espécies potencialmente crípticas.
Já existe um consórcio internacional do Código de Barras da Vida, que objetiva estabelecer os protocolos de DNA barcoding para a identificação de espécies biológicas. O maior projeto que será desenvolvido neste sentido é o International Barcode of Life Project, a ser iniciado em outubro deste ano com o objetivo de catalogar 500.000 espécies biológicas até 2015.
No que se refere ao ambiente marinho, a utilização das técnicas de DNA barcoding irão facilitar enormemente o gerenciamento e a utilização racional dos recursos naturais, tão importantes na alimentação, saúde e ciências do ambiente. Como muitas espécies marinhas apresentam ciclos de vida complexos, com estágios larvais de difícil identificação, o uso de DNA barcoding será uma ferramenta de grande valor para complementar informações para a identificação das espécies marinhas. Além disso, poderá ser utilizada para o monitoramento de espécies invasoras.
Vários grupos de organismos marinhos já começaram a ser analisados utilizando-se técnicas de DNA barcoding: algas, diatomáceas, cnidários, moluscos, crustáceos, equinodermas, aranhas do mar (Pycnogonida), quetognatos, nemátodes, peixes e mamíferos. Os esforços em se catalogar as espécies marinhas utilizando-se DNA barcoding são realizados por projetos como o Marine Barcode of Life Project, que resulta de um esforço conjunto entre o Consortium for the Barcode of Life (CBOL) e o Census of Marine Life (CoML), que espera prover 50.000 códigos de barras a espécies marinhas até meados de 2010. Até o momento, foram catalogadas 37.000 espécies. Assim, a expectativa é que se consiga eliminar as lacunas de conhecimento da biodiversidade marinha, mesmo de espécies coletadas no passado, estimada na descrição de somente 48% das já coletadas.
O mais incrível é que existe a perspectiva de se coletar DNA da água do mar. Para estas análises, primers especiais de análise de DNA estão sendo desenvolvidos. Muitas espécies já descritas, porém preservadas em formol, terão que ser re-coletadas para análise, pois o formol não permite a amplificação do DNA. As novas coletas deverão ser feitas utilizando-se etanol, que não compromete a amplificação do DNA para análise. Este trabalho monumental deverá ser realizado por especialistas em taxonomia clássica e em DNA barcoding. E este pode ser um fator considerável de atraso, simplesmente porque a ciência da taxonomia foi sendo desprezada ao longo das últimas décadas, por ter sido considerada uma ciência meramente descritiva. Consequentemente, o número de taxonomistas de praticamente todos os grupos biológicos diminuiu drasticamente nos últimos anos. A falta de taxonomistas poderá atrasar significativamente a realização do levantamento de espécies marinhas do mundo todo. A título de exemplo, o Brasil possui o maior grupo de taxonomistas de esponjas marinhas do mundo, e dois dos menos de 10 taxonomistas de Ascidiacea de todo o planeta.
Mesmo assim, um projeto desta natureza não pode ser deixado em segundo plano. Novas técnicas de amostragem em águas profundas estão revelando que a biodiversidade marinha é bem maior do que se esperava. Uma vez que um levantamento global será feito, poderão ser realizados estudos extremamente amplos de cadeias alimentares e de ecossistemas globais, bem como estudos de relações entre táxons em níveis superiores.
A técnica de DNA barcoding e de taxonomia clássicas são perfeitamente complementares, e a utilização do DNA barcoding trouxe, na verdade, um renascimento no interesse na taxonomia tradicional. Com a catalogação por DNA barcoding de milhões de espécies, os taxonomistas terão um trabalho extremamente árduo e volumoso de descrição destas espécies. O trabalho destes especialistas permitirá um conhecimento muito mais amplo e profundo sobre a biodiversidade marinha e suas implicações para a manutenção da vida no planeta Terra.
Entre 3 e 4 de dezembro de 2009, a FAPESP promoveu o Biota-FAPESP International Symposium on DNA Barcoding, um evento especificamente direcionado para divulgar e promover a adoção do DNA barcoding na descrição e catalogação da biodiversidade do estado de São Paulo. Foi o primeiro evento científico neste tema específico realizado no Brasil.
Radulovici, A., Archambault, P., & Dufresne, F. (2010). DNA Barcodes for Marine Biodiversity: Moving Fast Forward? Diversity, 2 (4), 450-472 DOI: 10.3390/d2040450"
Fonte: Blogue Química de Produtos Naturais - 27 de Março de 2010
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